Como evitar Hemorragia Subdural – Doença do Presidente Lula
A hemorragia subdural, também conhecida como hematoma subdural, é um acúmulo de sangue entre a meninge dura-máter (camada mais externa que reveste o cérebro) e a aracnoide (camada intermediária).
Esse tipo de sangramento intracraniano ocorre geralmente devido à ruptura de veias ponte, que são vasos sanguíneos frágeis que conectam a superfície do cérebro à dura-máter.
Causas e Fatores de Risco:
- Trauma craniano: O principal fator é um golpe na cabeça, como em acidentes de carro, quedas, esportes de contato ou agressões. O movimento brusco do cérebro dentro do crânio estica e rompe as veias.
- Idosos e Alcoolistas Crônicos: Esses grupos são mais suscetíveis devido à atrofia cerebral (que alonga as veias e as torna mais propensas a ruptura) e por menor capacidade de coagulação ou nutrição.
- Uso de Anticoagulantes: Medicamentos que afinam o sangue aumentam o risco de sangramentos após traumas mesmo leves.
- Recém-nascidos: Hemorragia subdural pode ocorrer devido a complicações no parto.
Tipos de Hematoma Subdural:
1. Agudo: Desenvolve-se rapidamente após um trauma significativo, geralmente dentro de minutos a horas. É uma emergência médica, frequentemente associada a danos cerebrais extensos e mortalidade elevada se não tratado de forma rápida.
2. Subagudo: Manifesta-se em dias ou semanas após o evento traumático, com sintomas progressivos, podendo passar despercebido inicialmente.
3. Crônico: Pode levar semanas a meses para se manifestar, muitas vezes após um trauma aparentemente leve ou esquecido. É mais comum em idosos e pode causar sintomas sutis como alterações de humor, confusão, sonolência e dores de cabeça.
Sintomas:
- Dor de cabeça persistente e crescente.
- Alterações no nível de consciência, sonolência, confusão ou letargia.
- Náuseas e vômitos.
- Fraqueza ou paralisia em um lado do corpo (hemiparesia).
- Alterações visuais, dificuldade na fala ou alteração de personalidade e comportamento, dependendo da área cerebral afetada.
- Crises convulsivas.
Diagnóstico:
O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, principalmente tomografia computadorizada (TC) do crânio, que pode detectar a presença do hematoma, sua extensão e se há aumento da pressão intracraniana. A ressonância magnética (RM) também pode ser utilizada em casos específicos.
Tratamento:
A abordagem depende do tipo e da gravidade do hematoma:
- Pequenos hematomas e assintomáticos: Podem ser monitorados, pois o corpo às vezes reabsorve o sangue ao longo do tempo.
- Hematomas grandes ou sintomáticos: Podem exigir cirurgia de emergência para drenagem. O procedimento cirúrgico pode envolver a abertura de um pequeno orifício no crânio (trepanação) para aliviar a pressão e drenar o sangue, ou, em casos mais complexos, a remoção de parte do crânio (craniotomia) para acessar e limpar o hematoma.
- Suporte Clínico: Controle da pressão arterial, administração de medicamentos para reduzir o edema cerebral, correção de distúrbios de coagulação e cuidados intensivos são parte do manejo integral.
Prognóstico:
O desfecho da hemorragia subdural varia conforme a extensão do sangramento, a rapidez no tratamento e o estado geral de saúde do paciente. Casos agudos e extensos têm maior risco de sequelas neurológicas e mortalidade, enquanto hematomas pequenos, crônicos e tratados precocemente podem ter recuperação mais favorável. O acompanhamento e a reabilitação (fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia) ajudam a maximizar a recuperação neurológica.
Mas como fazemos para evitar termos hemorragia subdural?
Evitar quedas é fundamental para manter a segurança e a independência, principalmente entre idosos, mas também importante para todas as faixas etárias. Pequenas adaptações no ambiente e mudanças de hábitos podem fazer uma grande diferença.
Abaixo estão algumas estratégias para prevenir quedas:
Em Casa:
- Remoção de Obstáculos:
Mantenha os cômodos organizados, sem tapetes soltos, fios elétricos expostos ou objetos espalhados no chão. - Iluminação Adequada:
Garanta luz suficiente, especialmente em corredores, escadas e banheiros. Utilize interruptores de fácil acesso e, se necessário, lâmpadas noturnas. - Superfícies Antiderrapantes:
Coloque tapetes antiderrapantes em áreas úmidas, como banheiros e cozinhas, e escolha calçados com solado aderente. - Móveis Seguros:
Ajuste a altura de camas e cadeiras para facilitar sentar e levantar. Prateleiras, armários e objetos de uso frequente devem estar ao alcance sem a necessidade de subir em escadas ou banquinhos. - Corrimãos e Barras de Apoio:
Instale barras de segurança em banheiros, corredores e escadas. Corrimãos firmes nas escadas ajudam a manter a estabilidade.
No Dia a Dia:
- Calçados Adequados:
Use sapatos confortáveis, fechados e com solado antiderrapante. Evite chinelos frouxos ou saltos muito altos. - Exercícios para Equilíbrio e Força:
Praticar exercícios como caminhada, ioga, tai chi chuan ou musculação leve pode melhorar o equilíbrio e a força muscular, reduzindo o risco de quedas. - Cuidados com a Visão e Audição:
Visite regularmente o oftalmologista e o otorrinolaringologista. Óculos ou aparelhos auditivos atualizados ajudam a perceber melhor o ambiente e obstáculos. - Alimentação e Hidratação:
Manter uma dieta equilibrada e beber água adequadamente fortalece o corpo e diminui a fraqueza e tonturas. - Movimentos Lentos e Seguros:
Levante-se devagar ao sair da cama ou de uma cadeira para evitar tonturas e desequilíbrios repentinos.
Acompanhamento Médico:
- Revisão de Medicamentos:
Alguns remédios podem causar tontura ou sonolência. Converse com o médico para ajustar doses ou trocar medicamentos, se necessário. - Condições de Saúde Sob Controle:
Trate adequadamente problemas de pressão arterial, diabetes, osteoporose e outros que possam afetar o equilíbrio ou a força.
Em suma, a prevenção de quedas requer uma combinação de adaptações no ambiente, hábitos de vida saudáveis, exercícios adequados e acompanhamento médico regular. Essas medidas contribuem para maior segurança, independência e qualidade de vida.